sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Geléias artesanais vão muito além do chá da tarde

O que alguns povos já fazem há séculos, o brasileiro esta descobrindo agora. A utilização da geléia na elaboração de pratos - e não só na torrada do café da manhã ou do chá da tarde - já parte dos hábitos de quem se interessa por gastronomia. As geléias mais apreciadas por este público são as artesanais, que não levam produtos químicos e podem misturar vários tipos de frutas e ainda acrescentar especiarias (gengibre, pimenta) e até bebidas como cachaça.


Esse tipo de iguaria é o carro-chefe da pequena empresa administrada por Anete Barison Dal Sasso, de Rolândia (25 km a oeste de Londrina). Ela começou a produzir geléias em 2001, depois de encerrar os negócios na área têxtil que foram o sustento da família por mais de 30 anos. ''Foi por necessidade mesmo que colocamos em prática as receitas de geléias que aprendemos com nossos avós europeus. Começamos com sete quilos de abóbora doados por um vizinho e não paramos mais'', conta Anete, que abriu a Duga Produtos Naturais junto com o marido, falecido em 2007.

Com apoio do programa Fábrica do Agricultor, da Emater, Anete se profissionalizou na atividade e passou a produzir também conservas, patês e temperos. Hoje, são feitos cerca de seis mil potes por mês, dos quais 3,5 mil são geléias. Elas estão em lojas especializadas em gastronomia de Londrina e demais regiões do Estado, além de Santa Catarian, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Uma das criações, a geléia de caipirinha (a própria caipirinha geleificada, com 55% de teor alcoólico), foi parar na Europa, em 2005, durante as comemorações do Ano do Brasil na França.

A empresa produz 20 tipos de geléias, com a utilização das frutas inteiras ou parte delas e pouca quantidade de açúcar. Para garantir a conservação (a duração é de um ano no vidro fechado), é acrescentado limão no processo de cozimento. A pectina, que dá aquela liga característica das geléias, é extraída das próprias frutas. Em alguns produtos vendidos em supermercados, os fabricantes usam pectina industrializada na forma de pó. ''No nosso caso, ela é líquida e natural'', explica Anete.

Para o consumidor não confundir, ela diz que geléia é diferente de doce de fruta. ''A geléia é feita com o suco e o doce com a polpa''. Quanto à pectina, a empresária explica que pode ser retirada da própria fruta que será utilizada ou de outras, pois existem algumas variedades que não contêm a substância (como o figo).

Com o domínio da tecnologia de produção, a empresária passou a inovar. Na lista de sabores constam criações como banana com maracujá, figo com nozes, jabuticaba com cereja, laranja com gengibre, frutas vermelhas, manga com pimenta, abacaxi baiano (com pimenta), strudel (nozes, passas, canela e maçã), além das tradicionais geléias de morango, gengibre, mexerica, pimenta.

A participação em feiras serve para sentir a aceitação dos produtos. A geléia de gengibre, por exemplo, foi relançada em abril durante 49° ExpoLondrina , dentro da Feira de Sabores do Paraná. “As pessoas fizeram algumas observações e a partir daí modifiquei o produto”, diz.

As geléias vêm em potes de 300 gramas e nas feiras são vendidas apreço de fabrica (em média R$ 6).

*Preços sujeitos a alteração

fonte: Gisele Mendonça - Folha de Londrina/01/06/2009 -- 12h06


Produção orgânica preserva o meio ambiente

A agricultura orgânica tem como principal função conservar o meio ambiente. É muito utilizada pelo pequeno produtor por seu baixo custo de produção, além da alta rentabilidade. A demanda por produtos naturais cresce a cada ano, por questões tanto de saúde quanto filosóficas.

GABRIELA SACCA, terceira série matutino

Novos meios para resguardar o meio ambiente surgem também na produção agrícola. Essa é uma das funções da agricultura orgânica que tem, em média, um crescimento de 40% ao ano no país. Além da redução do impacto ambiental pela não utilização de agrotóxicos, a técnica protege a saúde dos trabalhadores rurais e produz alimentos com alto valor nutricional.

A agricultura orgânica é baseada nos ensinamentos do filósofo Mokiti Okada (1882-1955) e tem como princípio básico o respeito à natureza, tendo-a "como um mestre". O representante de Londrina da Certificadora Mokiti Okada - que existe no Brasil desde 1971 - o engenheiro agrônomo Gilberto Yudi Shingo, explicou que deve ser desmistificada a questão do que polui o meio ambiente ou não.

De acordo com ele, a sociedade tem a idéia de tudo o que realmente polui tem cor, cheiro e que o impacto ambiental é rapidamente percebido. "O agrotóxico não é assim. O cheiro aparece somente no momento da aplicação do produto. Isso ocorre pela grande concentração do principio ativo - a química que age sobre os parasitas - e que logo é levada pelo ar, contaminando também as propriedades vizinhas."

Os agrotóxicos, conforme Shingo, contaminam os rios próximos às plantações, empobrecem o solo a cada aplicação e atacam diretamente a saúde dos trabalhadores rurais e dos animais. O lençol freático, reservatório natural de água potável para o aproveitamento humano, é altamente contaminado pela utilização desse tipo de produtos químicos.

Por ser uma produção de baixo custo, a agricultura orgânica sempre foi ligada ao pequeno agricultor para buscar o sustento da família. No entanto, Shingo ressaltou que os grandes produtores também podem utilizá-la. "A nossa fundação trabalha também com a extensão rural, métodos de cultivo e realiza pesquisas."

O professor de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Josué Maldonado Ferreira explicou que, além de conservar o meio ambiente, a agricultura orgânica é auto-sustentável, devido à utilização de recursos naturais da propriedade e não ter gastos com produtos industrializados.

100% orgânicos

Em Rolândia, no norte do Paraná, a pequena empresa Duga Produtos Naturais, já conquistou seu espaço no mercado regional. Seus produtos em conserva, como o shitake - um tipo de cogumelo - e as geléias de figo, amora, uva e mexerica já são produzidas 100% organicamente. O restante de seus produtos ainda são somente naturais.

Segundo Ildo Dal Sasso, proprietário da empresa, os produtos orgânicos têm desde o cultivo da fruta até a fabricação do alimento sem utilizar produtos industrializados, o que não acontece na produção natural. "O plantio segue as regras orgânicas, mas a fabricação de algumas geléias ainda utiliza açúcar industrializado, por exemplo, o que não a torna completamente orgânica", explicou.

Há quatro anos no mercado natural, Sasso disse acreditar que a produção de itens naturais tem como principal função vender saúde para as pessoas e, por isso, espera tornar toda sua produção totalmente orgânica dentro de dois anos. "Já estamos com o projeto em andamento para em 2009 não utilizar mais nenhum tipo de produto industrializado na fabricação de nossas geléias e conservas", destacou.


fonte: Jornal Unopar/ 04/07/2007 10:10

Frutas ganham lugar de destaque à mesa

Conservas e geléias exóticas têm sucesso garantido com receitas elaboradas com ingredientes diferentes e naturais. Relish, chutney e geléias ganham ingredientes como carambola, banana, jabuticaba e cereja.

AMANDA DE SANTA E JULIANA GONÇALVES, quarta série noturno

Relish de carambola, chutney de banana, geléias de laranja com gengibre, jabuticaba com cereja e chocolate com banana. Essas são as novidades da microempresária de Rolândia Anete Barison Dal Sasso que expõs os produtos da agroindústria familiar na 47ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, realizada de 5 a 15 de abril.

A idéia de utilizar ingredientes tão diferentes para desenvolver novas receitas é antiga. Geléias de pimenta, mexerica, laranja com nozes e figo com nozes, por exemplo, são criações de outros anos que ainda fazem sucesso. De acordo com Anete, todas as receitas são elaboradas com produtos naturais.

Em 2005, Anete e seu mardio Ildo Dal Sasso, foram convidados pelo Ministério das Relações Exteriores a apresentarem a geléia de caipirinha durante as comemorações do Ano do Brasil na França.

Segundo a empresária, o relish de carambola - molho agridoce servido com vários tipos de pratos - é uma invenção própria que surgiu a partir de uma simples salada com a fruta. Ela já tinha a receita do relish de pepino e decidiu experimentar outros sabores que não deram certo, como o repolho e o rabanete. Anete disse acreditar que a receita da carambola seja a única no mundo todo.

A idéia de investir em compotas e geléias caseiras surgiu num momento de dificuldades com o antigo negócio, uma fábrica e confecção de malhas. "Trabalhamos durante 33 anos nesse ramo e quando percebemos que os negócios não iam bem, decidimos investir em outra coisa", contou. Hoje, a Duga Produtos Naturais, tem revendas em cidades do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rondônia.


fonte: Jornal Unopar / 18/04/2007 14:54

Feira Sabores do PR reúne agricultores de todo Estado

A XI Feira Sabores do Paraná que começou nesta quarta-feira (14) no Parque Barigüi, em Curitiba, reúne 250 agroindústrias e cerca de 1.500 itens diferentes. Até domingo (18) os visitantes poderão degustar e levar para casa uma variedade de produtos já conhecidos e consagrados, e também conhecer os lançamentos preparados por algumas agroindústrias, que sempre estão em busca da receita perfeita para agradar os paladares mais exigentes.

Esse é o caso de Anete Barison Dal Sasso, proprietária da Duga Produtos Naturais, de Rolândia. Ela passa boa parte do seu tempo entre panelas, frutas e legumes, para extrair o que há de melhor dos produtos e encontrar a receita ideal. “É uma experiência que trago de criança, observando nossas avós a transformar frutas e verduras em geleias e conservas”, lembra a dona da empresa. Este é o oitavo ano que Anete participa da Feira Sabores do Paraná em Curitiba.

Quando começou trabalhava com uma linha de 18 produtos, entre eles a geleia de caipirinha, o chutney de manga, o alho na palha, entre outros. Para este ano são 48 itens diferentes entre geleias, conservas e patês. Entre eles três lançamentos, as geleias de kiwi com pimenta e kiwi com castanha, e o relisch de abobrinha, receita crocante , feita no vinagre, para ser saboreada em sanduíches ou saladas.

Anete também aposta no sucesso da sua linha de berinjelas, que vai do patê ao caviar, passando pelas conservas. O caviar é preparado apenas com as sementes da berinjela. “Esta receita me levou para a horta durante meses, para acompanhar a maturação do legume, até que chegasse à mesma aparência, cor e textura do verdadeiro caviar. E conseguimos chegar ao caviar vegetal”, explicou Anete que hoje tem seus produtos conhecidos de norte a sul do Brasil.

Outras novidades prometem sucesso na edição desse ano, como o doce de milho, calda orgânica de amora, molho de ervas finas, estrogonofe e quiche de champignon (congelados), geléia de maçã com canela, raiz forte ao vinagre tinto, frutas desidratadas, coalhada seca e pernil defumado entre outros.

Muitos expositores participam da Feira Sabores desde a sua primeira edição, como Marina Gillung, do município de Palmeira. Conhecida por suas geleias de sabores exóticos como as de cravo, canela, caipirinha, café, pétalas de rosas, vinho ou de erva-mate, Marina já tem consumidores fiéis, que todos os anos procuram seu quiosque para adquirir os produtos. Também bastante procurados são os panetones em calda, de Irati, e os embutidos de Prudentópolis, na região centro-sul do Estado, como a cracóvia, salame tipo italiano e linguiça, além de queijos variados, sucos e vinhos.

Além de alimentos, na feira podem ser encontrados artesanato rural, plantas ornamentais, pratos típicos na praça de alimentação, e espaço de lazer para as crianças.

A Feira Sabores do Paraná faz parte do Programa da Agroindústria Familiar - Fábrica do Agricultor, coordenado pela Secretaria da Agricultura e executado pela Emater. O programa foi criado para diversificar a cadeia produtiva rural como forma de fortalecimento da agricultura familiar, fixação e permanência do agricultor na sua atividade, integrada ao sistema de produção.

Segundo o secretário em exercício da Secretaria da Agricultura, Eliel de Freitas, a Feira funciona como um canal de divulgação, inserção e encontros de negócios para os produtos da agroindústria, seja de origem animal ou vegetal, orgânicos e naturais. ‘É uma maneira de fortalecer o trabalho dos pequenos agricultores que atuam nesse setor, de criar hábitos de consumo para esses produtos, e de contribuir para a entrada das agroindústrias no grande mercado”, destacou Eliel.

fonte: AEN.PR/14/07/2010 16:00

Governo divulga produtos orgânicos na ExpoLondrina

Secretaria da Indústria e Comércio mantém um estande na 47.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina – ExpoLondrina para divulgar produtos orgânicos produzidos no Paraná. “Nosso objetivo é fomentar as empresas que respeitam o meio ambiente. O acesso ao mercado é um dos grandes problemas das empresas, e essa iniciativa vai ajudar pequenos e médios empresários paranaenses”, explica o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho.

Para a consultora de comércio exterior Aletéia Macena, da empresa Ecoçucar, de Engenheiro Beltrão, a participação na feira junto com o Governo do Estado vai trazer mais possibilidades para alcançar o mercado externo, aumentando o volume exportação. Ildo Dal Sasso, proprietário da empresa Duga, de Rolândia, afirmou que “a iniciativa do Governo do Estado é a melhor forma de divulgar a indústria orgânica paranaense.”

Tornar um produto conhecido é uma das metas do empresário Toyoji Uenishi, da empresa de erva-mate Uenishi, de Toledo. “Nosso objetivo com a feira é aumentar a produção de ervas orgânicas, atraindo maior visibilidade para a nossa empresa”, afirma Uenishi.

A feira está montada no Parque de Exposições Ney Braga até 15 de abril. A meta dos organizadores é atrair um milhão de visitantes. Nesta edição, a perspectiva de negócios para a feira pode chegar a R$ 170 milhões, alta de 25% sobre a feira do ano passado.

fonte: AEN.PR / 05/04/2007 17:58